

Você é um imitador? Sim ou Não!?
Tem certeza?
Felizmente ou infelizmente, a resposta é um belo SIM!
Nós, seres humanos, estamos na maior parte do tempo imitando comportamentos e atitudes a fim de facilitar nossas decisões. Se um produto é sinônimo de venda garantida, “inconscientemente” conferimos a ele atributos positivos e podemos compra-lo sem muitos questionamentos.
Será que você está em demasia imitando comportamentos e atitudes para facilitar sua tomada de decisão?
Como é um processo inconsciente, existe sim uma grande tendência da resposta ser um grande sim.
Pense no seguinte: você está muito feliz visitando a cidade dos seus sonhos, e ao passar por dois restaurantes – um ao lado do outro – observa que um deles possui fila na entrada e o outro encontra-se vazio. Você com certeza, vai comer onde tem fila, mesmo que tenha que esperar 15 minutos por uma mesa!
Certamente, você atribui características positivas ao estabelecimento que possui fila. Seria uma decisão fácil escolher este restaurante ao invés do outro. Pouquíssimas são as pessoas que não agem desta forma. Poucas mesmo! Existem pesquisas que demonstram este resultado.
Este comportamento também está associado há outra questão chamada: aprovação social.
A aprovação social de forma muito simplista se resume em: se outras pessoas estão fazendo determinada coisa, deve ser a coisa certa a ser feita.
Novamente: lembre-se que o processo de aprovação social e principalmente a “imitação”, são utilizados muitas vezes de forma inconsciente e também com o objetivo de facilitar a sua tomada de decisão. Cuidado, pois isso pode ser bom ou ruim dependendo do caso.
Um psicólogo chamado Albert Bandura realizou experimentos para comprovar a teoria da “imitação”. Em um deles a ideia era eliminar fobias. Crianças com medo de cachorro foram selecionadas e expostas à observação de outro menino brincando muito feliz com seu cãozinho. A exposição foi de aproximadamente 20 minutos diários. Após alguns dias, foi observado que 67% das crianças que tinham fobia estavam dispostas a interagir com cachorros. Inacreditável!
Outro experimento foi realizado com outras crianças, mas desta vez apenas trechos de filmes onde havia interação com cães, foi apresentado. O resultado foi exatamente o mesmo.
O pesquisador e psicólogo americano Robert O’Connor expôs crianças socialmente retraídas, a um vídeo em que iniciava com apresentação de uma criança também socialmente retraída e isolada, porém, na sequência esta mesma criança iniciava uma interação com outras crianças de forma ativa e muito alegre.
Esta exposição teve um impacto imediato nas crianças escolhidas para a pesquisa, pois elas passaram a interagir em um mesmo patamar como as demais “crianças normais”.
Percebe a imitação neste contexto novamente?! Logo, temos que selecionar leituras e conteúdos positivos! Pois certamente estaremos também imitando (inconscientemente).
Ainda no estudo de O’Connor, após seis semanas, foi possível observar as demais crianças retraídas que não foram exposta ao vídeo, agindo ainda isoladamente. As que tinham sido expostas ao vídeo, agora agiam felizes e em alguns casos liderando a turma!
Estes são apenas exemplos, além de outros inúmeros estudos.
Resumo:
- Se o restaurante está cheio e tem filas, temos qualidade. Logo, imitamos e podemos comprar com mais segurança neste estabelecimento. É intuitivo. Principalmente se vamos a um local que não conhecemos.
- Se um produto possui altas vendas, podemos facilmente seguir o fluxo e compra-lo também.
- Crianças com medo de cães rapidamente mudam seu comportamento quando expostas a comportamentos de interação e alegria com cães.
Porque agimos desta forma?
Estamos imitando comportamentos e procurando “aceitação social”?
Em grande medida sim, estamos imitando através de padrões de comportamento para facilitar nossas decisões, e também buscando aceitação social ao invés de agirmos com maior autenticidade.
Quando digo que devemos agir com “autenticidade”, entendo que automaticamente estamos também respeitando as pessoas que estão a nossa volta e suas opiniões.
Devemos apenas pensar e refletir se nosso comportamento não está muito no automático, ao ponto que acabamos sendo influenciados em demasia pela chamada “aceitação social” e “imitação”.
Diante disso, vamos fazer uma breve consideração.
Analisemos o seguinte: eu como pai muitas vezes posso cobrar que meu filho tenha bons comportamentos e atitudes, mas muitas vezes ele está apenas replicando e espelhando a minha atitude. Veja: se trato minha esposa com desrespeito, falo alto, sou agressivo, como vou exigir que o meu filho a trate com carinho e respeito?
Como somos imitadores, temos que espalhar boas atitudes, logo nossos filhos, amigos, também o farão.
Este é um exemplo no dia a dia familiar, mas devemos também pensar em várias outras situações do nosso dia. As vezes julgamos os comportamentos de nossos liderados, amigos, filhos, esposa, etc, como inadequado, mas eles podem ser reflexo e projeções do comportamento e atitude da sociedade como um todo.
Quando vires um homem bom, tenta imitá-lo; quando vires um homem mau, examina-te a ti mesmo. Confúcio
Os pesquisadores nos dão uma imensa dica com os resultados das pesquisas.
Em alguns casos estamos reclamando da nossa equipe, filho, esposa, chefe, colegas, mas talvez o problema seja nós mesmos. Como posso pedir aos meus liderados que trabalhem de forma organizada se a minha mesa encontra-se toda desorganizada com papel e copo de café espalhado, biscoito, cabos e amostras dispersos na mesa? A mesma coisa no lar, na escola, na família, na comunidade, no transito, etc.
Todo artigo merece ser meditado.
Posso ajudar você com algumas perguntas que estimulem a reflexão? Ok. Vamos lá:
- Será que as pessoas podem realmente nos imitar?
- Quais atitudes e comportamentos positivos que estamos espalhando? (Sim, você tem boas atitudes!)
- Quais atitudes e comportamentos negativos devem ser interrompidos imediatamente?
- Como estamos alimentando nossas atitudes e comportamentos? Bons conteúdos? (Seja honesto!)
- Será que nossas atitudes e comportamentos afasta ou atrai as pessoas ao nosso redor?
Bom, se você gostou do post, compartilhe.
Grande abraço,
Jeferson Peres.


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