Você já se pegou correndo atrás de algo… mas sem saber exatamente pra quê?

Confesso: eu já.

Em 2011, eu estava perseguindo promoções, bônus e aquela sensação de “estar vencendo na vida”. Mas no fundo, tudo aquilo soava vazio.

Era como tentar completar um jogo que nunca acaba.

E sabe o pior?

Quando você vive nessa "correria sem reflexão", qualquer pausa parece fracasso.

Foi só quando parei (mesmo com medo) que descobri algo poderoso: existe um tipo de ambição que desgasta... e outro que nutre. 

A diferença?

Ter clareza sobre o que é suficiente pra você.

A bate papo dessa semana é um convite à coragem de parar — não pra desistir, mas pra repensar.

Vamos descobrir juntos?

Você já sentiu que está sempre quase lá?

Trabalhando mais, estudando mais, produzindo mais... mas nunca sentindo que realmente chegou?

Bem-vindo à “tela de carregamento do sucesso”. Um lugar que nunca carrega de verdade.

Vivemos num mundo que idolatra a ambição sem freios. “Mais é melhor” virou um mantra silencioso: mais receita, mais projetos, mais seguidores, mais produtividade. E claro, mais café . Muito mais café .

Mas será que mais é mesmo melhor?

Um estudo da Universidade de Princeton (Kahneman & Deaton, 2010) mostrou que, depois de um certo ponto (aproximadamente U$75 mil/ano nos EUA), mais dinheiro não aumenta nossa felicidade. Ainda assim, seguimos aumentando metas como se estivéssemos em um videogame que nunca zera.

E pior: essa corrida desenfreada nos desconecta do propósito original. Começamos projetos, estudos e empreendimentos pela liberdade — e terminamos presos em negócios / projetos que controlam nossa agenda e drenam nossa energia.

Justin Welsh chama isso de viver no “gap” — o espaço entre onde estamos e onde achamos que deveríamos estar. Um espaço que parece motivador no começo… mas, com o tempo, vira um buraco de frustração.

Aqui vai a primeira provocação:
Se você continuar buscando mais, sem definir o suficiente, como saberá quando parar?

Essa é a grande armadilha da ambição sem limites: ela não tem linha de chegada. E sem linha de chegada, a sensação de “nunca ser o bastante” se instala.

É como correr numa esteira: você sua, se cansa, mas o cenário nunca muda.

Neste artigo, vamos explorar um caminho diferente — mais sustentável, mais leve, mais autêntico. E, curiosamente, muito mais eficaz.

Porque talvez, só talvez... o segredo para viver bem não seja correr mais rápido. Mas sim, escolher a direção certa — e saber a hora de apertar o botão de pausa.

No próximo bloco, vamos fazer algo radical.

Vamos falar sobre parar.

Livro: O Segredo da Produtividade sem Sacrifício — Ali Abdaal (original: Feel-Good Productivity)

Ali propõe algo que tem tudo a ver com nosso tema: produtividade com prazer. Nada de se matar para "produzir mais". Em vez disso, descubra como fazer o que importa com leveza, motivação interna e clareza.

É como se o livro dissesse: “Você pode ser ambicioso sem virar refém do seu próprio sucesso.”

Eu acabei de ler e super recomento.

Leitura obrigatória para quem quer fazer mais com propósito e menos com culpa.

Aqui vai uma provocação que pode parecer absurda:
E se o seu próximo passo de crescimento fosse… parar?

Não pra sempre. Mas pra respirar. Pra avaliar. Pra ajustar a rota antes de acelerar de novo.

Parece contraintuitivo num mundo que prega que quem desacelera, perde. Mas, se você anda correndo na esteira do sucesso — aquela onde você sua, cansa, mas o cenário nunca muda — talvez a pergunta certa não seja “como ir mais rápido?”, e sim:

“Por que estou correndo mesmo?”

Aí entra um conceito simples, mas profundo: o

suficiente intencional.

Não é se contentar com pouco. É entender que “mais” nem sempre significa “melhor”. É como dizer:

“Sim, eu quero crescer… mas só se esse crescimento me servir — não me engolir.”

Isso é sair do ciclo de

ambição infinita e começar a viver com clareza. 

O objetivo muda:

De “como alcançar o próximo nível?” para “qual é o meu nível ideal?”

E tem ciência por trás disso. Um estudo publicado em Current Psychology (2022) mostrou que pessoas que conseguem definir objetivos com limites claros (como metas de “suficiência pessoal”) relatam níveis 28% maiores de satisfação com a vida e menos sintomas de burnout.

Ou seja, saber quando parar (e por quê) é mais saudável do que sempre tentar chegar onde nem você sabe.

Quer um exemplo prático?

Lembra quando você ficou obcecado por ganhar mais, produzir mais, escalar tudo — mas percebeu que tinha esquecido de viver?

Ou quando buscou reconhecimento profissional e se deu conta de que não reconhecia mais o próprio reflexo no espelho?

Você não precisa de mais um diploma, um novo curso, nem de um “guru” das redes sociais gritando que você precisa ter um milhão de seguidores até sexta-feira.

Você precisa de clareza. E clareza exige pausa. Pausa pra refletir:
O que é sucesso pra mim, hoje?

Na próxima parte, a gente vai falar sobre algo que te ajuda a sair do limbo da intenção e começar a se mexer: agir antes de estar 100% pronto.

E spoiler: isso inclui tropeçar um pouco (mas tropeçar com estilo).

Objetivo: Redefinir o que realmente importa pra você – e eliminar o que só suga sua energia.

Como fazer (leve, prático e com humor):

1. Pegue papel e caneta. (Não vale o guardanapo do almoço )
2. Prepare uma bebida (café, chá, suco – só não vale caipirinha ).
3. Responda com sinceridade:

- O que faz meu coração bater mais forte hoje?
- O que eu manteria na minha vida se tudo o resto sumisse?
- Onde estou gastando energia só pra agradar ou impressionar?

4. Agora escreva: “Qual seria minha vida com o suficiente ideal?”

5. Escolha uma coisa pra cortar ou dizer "não" essa semana.

Esse protocolo é como fazer uma faxina nos seus desejos emprestados.

Você vai se surpreender com o que realmente te move.

A ambição é sorrateira. Às vezes, ela não grita. Ela sussurra. E diz assim:

“Você precisa estar mais preparado.”
“Estude só mais um pouco.”
“Talvez agora não seja o momento ideal...”

Já ouviu essa voz? Pois é. Eu também.

Ela soa responsável. Visionária até. Mas muitas vezes, é só medo travestido de ambição nobre. Acredite!

Quando fui lançar a “Eu Melhor que Ontem”, passei semanas mergulhado em referências. Um curso aqui, um tutorial ali, um vídeo acolá. Um dia, me peguei editando a vírgula da frase de abertura pela 14ª vez. SÉRIO!

A verdade? Eu queria fazer algo grande…
Mas não percebi que minha ambição estava me paralisando.

É aí que entra o conceito do Pat Flynn: funções forçadas voluntárias.

Traduzindo: se jogar com responsabilidade, mesmo com frio na barriga.

Pat conta que aprendeu a pescar levando apenas uma isca. Nada de caixa cheia, nada de “backup emocional”.

Ele se forçou a aprender agindo.

Sem desculpas.

Simples.

Brutal.

E eficaz.

A ciência confirma: um estudo da University of Michigan (2022) mostra que a aprendizagem experiencial sob pressão controlada ativa o sistema de autorregulação do cérebro, gerando maior retenção e confiança prática. Em português claro: 

você aprende melhor… fazendo.

E aqui vai uma provocação (com gentileza e humor):

Será que você não está apenas escondendo seu medo dentro de um PowerPoint elegante chamado “planejamento estratégico”?

Porque às vezes, a busca pelo “melhor” é só um disfarce bonito do “não tô pronto”.

A ambição descontrolada não pede movimento. Pede preparação infinita.
E aí você nunca sai do lugar.

Então aqui vai um exercício simples:

1. Pegue uma meta adiada (aquela que você sempre diz “um dia eu faço”).
2. Pergunte: Qual o menor passo possível que posso dar hoje?
3. Escreva. E execute. Mesmo que imperfeito.

Quer lançar um pro PodcastPodcast? Grave um áudio simples explicando sua ideia.
Quer melhorar a alimentação? Coma uma fruta agora.
Quer criar algo novo? Poste algo autêntico. Não precisa de cenário nem iluminação de podcast gringo.

Lembre-se:

Ambição saudável constrói movimento.
Ambição disfarçada só acumula anotações e travas.

Você não precisa estar 100% pronto.
Você só precisa estar 5% disposto — e em movimento.

Na próxima parte, vamos falar sobre algo ainda mais ousado:
dizer “chega” antes que a ambição diga “mais” de novo.

Frase: 

“Ambição é fogo. Pode aquecer sua vida ou queimá-la inteira.” — Autor desconhecido (mas bem sábio )

Reflexão: A diferença entre construir algo inspirador ou se esgotar pelo caminho está em

saber pra quê você quer o que quer. A ambição saudável não corre sem direção – ela caminha com propósito.

Provérbio: “Melhor é um punhado com descanso do que ambas as mãos cheias com trabalho e correr atrás do vento.” (Eclesiastes 4:6)

Esse provérbio me lembrou que ter tudo não é o mesmo que ter paz.

E se o problema não for o quanto você faz…
Mas o quanto você ainda acha que precisa fazer?

No mundo do crescimento infinito, é pecado pensar em parar.
Mas e se parar for exatamente o que te faria avançar?

A gente vive dizendo:

"Quando eu chegar lá, eu descanso."

Mas

onde é esse "lá"?

Pra muitos, ele vive se movendo como o coelho da Alice — sempre um passo à frente, rindo da sua cara.

Foi o que percebi quando comecei a mapear o meu “suficiente intencional”.

Inspirado pelo próprio Pat Flynn (e validado por Justin Welsh, que diz que a meta precisa ser sustentável e não apenas escalável), resolvi sentar com um café (sem açúcar, claro) e uma folha em branco.

O que é suficiente pra mim?
Não o "suficiente das Redes Sociais" ou "o suficiente aos olhos dos outros", mas o que realmente faz minha vida ter gosto de vida.

E você, já tentou fazer isso?

Aqui vai o protocolo da clareza (simples, mas profundo):

1. Papel e caneta na mão. Sem Google Docs hoje. Mão no papel ativa seu cérebro de forma mais criativa (estudo da Psychological Science, 2020).

2. Faça a pergunta mágica:
“Se eu tivesse que viver com menos, o que manteria?”
“O que me faz sorrir sem esforço?”
“O que eu faria mesmo que não me pagassem (a princípio)?”

3. Liste o que é inegociável: saúde, tempo com a família, trabalho com propósito

Escreva.

Declare. 

Assuma.

4. Agora reflita: quanto de dinheiro eu realmente preciso pra sustentar isso?

Se quiser se aprofundar, recomendo reler meu artigo sobre journaling — lá eu mostro como escrever com intenção transforma ruído mental em direção prática. Segundo Pennebaker & Smyth (2016), escrever regularmente melhora clareza emocional e tomada de decisão em até 27%. Clique aqui e confira o artigo sobre Journaling.

O que acontece quando você encontra seu “suficiente”?

Você para de correr como um hamster no loop do “ainda não é o bastante”.
Você começa a dizer "não" com mais leveza, sem culpa.
Você começa a dizer "sim" com mais verdade.

Definir o “suficiente” não é se contentar com pouco.

É deixar de negociar com a sua paz por causa de um número aleatório.

É parar de mirar no mais e começar a viver o melhor.

Na próxima e última parte, vamos falar sobre como viver bem pode ser sua nova medida de sucesso.

Spoiler: não envolve agenda lotada nem metas de 10X.

Astragalus: o Escudo Invisível do Seu Sistema Imunológico

Estou tomando Astragalus (500 mg por dia), um fitoterápico usado na medicina chinesa há séculos. Ele ajuda a fortalecer a imunidade e a combater o estresse crônico.

Um estudo publicado no Journal of Ethnopharmacology (2021) mostrou que o Astragalus regula o sistema imunológico e tem ação anti-inflamatória.

Nos dias de hoje, onde a ambição muitas vezes vira esgotamento, esse suplemento tem sido um aliado pra manter minha energia estável e o foco no que importa.

Lembre-se: consulte seu médico antes de tomar qualquer suplemento.

Você já percebeu como “vencer” virou sinônimo de correr até cair?
Agenda lotada, metas dobradas, performance sem pausa.

Mas… e se a verdadeira vitória não fosse fazer mais?

E sim viver melhor?

Essa foi a pergunta que me pegou num domingo à noite, enquanto eu revisava minha semana no journal e percebi:

Fiz muito. Mas senti pouco.

A gente foi treinado pra pensar que sucesso é somente bater meta. Mas, e se sucesso for…

acordar em paz?

Ter tempo pra andar sem pressa?
Sentar no sofá com quem você ama e simplemente rir de bobeira?

Segundo a Harvard Study of Adult Development (2023), um dos maiores estudos longitudinais sobre felicidade, o maior preditor de bem-estar ao longo da vida não é dinheiro, nem status, nem QI.

É *qualidade dos relacionamentos e sensação de propósito vivido.

Sim, é isso mesmo: viver com sentido, e não só com desempenho.

Agora para e pensa:

Você quer mesmo escalar algo que está te sufocando?

Você quer mesmo continuar com um estilo de trabalho que está te sufocando?

Ou prefere construir uma vida que você não quer tirar férias?

 Ou prefere um estilo de vida que você sinta paz?

Isso não é papo hippie. É uma provocação racional sobre o custo real do seu “mais”.

Talvez a decisão mais ambiciosa que você possa tomar hoje seja reduzir a velocidade pra não perder o melhor da paisagem.

Somente você pode saber a respata e precisa ser honesto contigo mesmo. Reflita!

Talvez viver bem seja o novo vencer.

E “o melhor que ontem” não seja sobre ultrapassar ninguém, mas sobre parar de se atropelar.

Então aqui vai meu convite:

1. Feche os olhos por 30 segundos.
2. Imagine seu dia ideal. Mas ideal mesmo, não aquele editado pra LinkedIn.
3. Agora se pergunte: “O que me impede de viver isso hoje em partes?”

A vida de verdade não é feita de metas inalcançáveis, e sim de pequenos passos que respeitam quem você é.

Então bora criar uma nova métrica de sucesso?

Menos “quanto eu produzi”
Mais “como eu me senti enquanto produzia”

No final das contas, talvez o suficiente não seja o destino...

Mas o caminho que a gente escolhe trilhar — com propósito, leveza e presença.

Topa o desafio do “Suficiente de Verdade”?

1. Pegue papel e caneta.
2. Responda: “O que é suficiente pra mim?”
3. Escreva uma decisão que vai te trazer mais leveza essa semana.

Depois me conta no e-mail: jeferson@jefersonperes.com.br ou no LinkedIn. Respondo todos!

Ah, e compartilha esta newsletter com quem vive acelerado demais pra parar e pensar.

Talvez seja exatamente o que essa pessoa precisa.

Vivemos num mundo que grita: "mais é melhor".

Mas e se o sucesso não estiver em acumular... mas em escolher melhor?

Minha missão com esta newsletter é simples: ajudar você a ser melhor que ontem, com mais clareza, coragem e leveza. 

A ambição certa te move. 

A errada te consome.

Então pare, respire e escolha o que faz sentido.

Bora redefinir o jogo juntos?

Abraço e até a próxima semana,
Jeferson Peres.