Antes de Planejar 2026, Converse com 2025

Um ritual simples (e honesto) de revisão anual para separar o que fica, o que vai embora e o que merece mais espaço na sua vida.

1. Abertura 

Sabe aquela sensação estranha de fim de ano em que você olha pra trás e pensa:
“Ué… mas não foi ontem que eu estava escrevendo ‘Agora vai em 2025’?”

Pois é. Já estamos, de novo, aqui.

Se você é como a maioria das pessoas (e eu me incluo nesse grupo), a cena se repete quase todo dezembro:

- Você compra um planner lindo, com cheirinho de papel novo.
- Escreve nas primeiras páginas, caprichado, com a sua caneta oficial da virada de ano. kkk
- Talvez até escolha uma frase de impacto tipo “2026 será O ANO”.
- Aí vem janeiro, fevereiro, março…
- E, quando você percebe, o planner está parado na mesma página desde o Carnaval.

E o pior: junto com o planner abandonado, vem aquele combo de sentimentos conhecidos — frustração leve, autocrítica, e um pensamento silencioso:
“Eu não tenho disciplina”,
“Eu não sei planejar”,
“Eu não dou conta de nada que eu começo”.

Mas deixa eu te contar uma coisa importante:
Talvez o problema não seja você.
Talvez o problema seja como você tenta começar o ano.

A maioria das pessoas planeja o ano novo como quem escolhe prato em rodízio: com fome, com pressa e com zero noção da própria capacidade real.
A gente olha pra frente com uma empolgação quase infantil…
…e ignora completamente o que ficou pra trás.

Só que tem um detalhe:
O seu 2026 não nasce do nada.
Ele nasce do que você fez (ou deixou de fazer) em 2025.

Sem revisar o ano que passou, o que a gente chama de “metas” vira, na prática, uma mistura de desejo, culpa e improviso. É como dirigir olhando só para o para-brisa e fingindo que o retrovisor não existe. A estrada parece nova, mas o motorista continua o mesmo. VOCÊ.

E é aqui que entra o ponto central desta edição:
Antes de escrever o “Agora vai em 2026”, existe uma pergunta mais honesta e poderosa:

O que 2025 está tentando te contar… e que você ainda não parou para ouvir?

Hoje, eu quero te convidar a fazer algo diferente:
Em vez de só criar metas novas, vamos primeiro revisitar o ano com calma, leveza e um pouco de coragem.

Nos próximos blocos, vou te mostrar como usar a técnica Past Year Review (PYR) — o “retrovisor intencional” — para separar o que funcionou, o que te drenou, o que merece continuar e o que precisa, com carinho, ganhar um “Parei por aqui”.

Café passado, caderno na mesa, honestidade sem drama.
Vamos perguntar direito para 2025 o que ele tem pra te dizer.

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2.  Ideia Central 1/5: Por que revisar 2025 antes de “reinventar” 2026

Tem uma armadilha silenciosa que pega quase todo mundo em dezembro:
a gente começa a planejar o ano seguinte como se estivesse começando do zero.

“Agora em 2026 eu vou…”
– Acordar cedo
– Me exercitar todo dia
– Ler mais
– Ganhar mais
– Estressar menos

Bonito. Mas tem um pequeno detalhe:
você não está zerado.
Você está chegando em 2026 carregando todos os padrões, hábitos, crenças, decisões e distrações de 2025.

É por isso que tanta meta nasce com cara de novidade, mas morre com jeito de replay.

Sem revisão intencional, o “eu do futuro” é o “eu de sempre”, só que com um título novo.

É aqui que entra a lógica da Past Year Review (PYR) – a revisão do ano passado.

Enquanto a maioria das pessoas começa o planejamento de 2026 perguntando:

“O que eu quero fazer no ano que vem?”

A PYR começa com uma pergunta bem mais madura:

“O que 2025 me mostrou, na prática, sobre o que funciona e o que não funciona pra mim?”

Percebe a diferença?
Uma está baseada em desejo.
A outra, em evidência.

Quando você para para revisar 2025 com intenção, três coisas importantes acontecem:

1. Você descobre o que merece mais espaço em 2026.
Momentos, pessoas, projetos e hábitos que te energizaram.
Coisas que talvez você nem tenha valorizado tanto na hora, mas que, olhando agora, fizeram diferença real.

2. Você enxerga com clareza o que te drenou.
Compromissos que você aceitou no automático.
Conversas que sempre terminavam em desgaste.
Promessas que só geravam culpa.
Tudo isso vira dado — não drama.

3. Você ganha critério para dizer “sim” e “não” em 2026.
Em vez de encher o ano de metas aleatórias, você passa a escolher com base em uma pergunta simples:
“Isso aqui me aproxima da vida que eu quero ou me joga de volta no piloto automático?”

A PYR é, no fundo, um filtro.
Ela pega o caos do ano que passou e transforma em informação útil.

Em vez de “apagar 2025 da memória e seguir o baile”, você senta, olha o retrovisor com calma e decide, com mais consciência:

- o que vai levar com você para 2026,
- o que vai ficar pelo caminho,
- e o que precisa mudar de rota.

Nos próximos blocos, a ideia é transformar essa filosofia em prática concreta.
A gente vai descer pro detalhe:
como montar sua PYR, como separar positivo e negativo, como usar as perguntas certas e, depois, como transformar isso em ações com o método PIC (Parar, Iniciar, Continuar).

Por enquanto, se puder guardar só uma frase, que seja essa:

Antes de escrever “Agora vai em 2026”, pergunte com honestidade: o que 2025 está tentando te ensinar?

3.  Dica de Conteúdo - Tim Ferriss e a Past Year Review original

Se você quiser ver essa ideia da Past Year Review direto na fonte, vale muito a pena visitar o conteúdo do Tim Ferriss onde ele explica como faz a revisão anual dele.

Clique aqui ou copie e cole o link abaixo:

https://tim.blog/2021/12/27/past-year-review/

O que eu gosto nesse material é que ele é:

Simples: nada de sistemas mirabolantes, é papel, caneta e coluna de “positivo/negativo”.
Prático: ele mostra exatamente como revisa a agenda semana a semana.
Honesto: não é romantização de produtividade, é “o que funcionou” e “o que ferrou meu ano”.

Sugestão de uso:

- Assista/leia com seu caderno do lado.
- Anote 1 ou 2 ideias que façam sentido pra sua realidade (não precisa copiar o método inteiro).
- Use como combustível para o seu próprio ritual de revisão de 2025 → 2026.

Se você já ouviu o episódio em que eu e o Edward falamos sobre PYR no Vida nos Trilhos, esse conteúdo do Tim funciona como um “making of avançado”: você vê como alguém que lida com dezenas de projetos aplica na vida real o que estamos conversando aqui.

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4.  Ideia Central 2/5: Como fazer sua primeira PYR sem drama (nem culpa)

Agora que a ideia já está na mesa, vamos para a parte prática:
como fazer, na vida real, a sua Past Year Review de 2025.

Nada de ritual místico, nada de aplicativo secreto.
É quase decepcionante de tão simples.

Você precisa basicamente de três coisas:

- um ambiente minimamente silencioso,
- um caderno ou journal,
- e a coragem de não olhar o celular por alguns minutos (eu sei, essa é a parte mais avançada). 

Comece assim:

1. Escolha o lugar e o momento.
Pode ser uma mesa de café, sua escrivaninha, o sofá com uma mesinha de apoio.
O importante não é ser “instagramável”, é ser usável.
Se você mora com outras pessoas, vale até avisar:
“Gente, por 30 minutos eu vou estar em reunião com o meu 2025. Favor não interromper.”

2. Separe seu material de memória.

- Seu caderno/journal** (se usou em 2025).
- Sua agenda (física ou digital).
- Seu Google Calendar ou calendário do trabalho.
- E, se quiser, o famoso rolo de fotos do celular (com cuidado para não sumir no buraco negro das redes sociais).

3. Pegue uma folha em branco e faça a famosa linha no meio.
De um lado, escreva “POSITIVO (+)”.
Do outro, “NEGATIVO (–)”.
Nada mais sofisticado do que isso.

Agora vem o coração da PYR:
Você vai passar pelos meses de 2025 e perguntar, pra cada evento, pessoa, compromisso ou fase:

 “Isso me deu energia ou roubou energia?”

Se deu energia, vai para a coluna do positivo:

- aquela viagem que te reconectou,
- o projeto em que você se sentiu útil,
- a conversa que abriu alguma porta,
- o hábito que fez diferença (por menor que seja).

Se roubou energia, vai para o negativo:

- a reunião que você sempre saía exausto,
- o compromisso que você manteve só por culpa,
- a relação que virou monólogo unilateral,
- a meta que virou peso em vez de direção.

Importante:
Você não está julgando a sua vida ainda.
Você está só coletando dados.

Por isso, uma boa ideia é não fazer tudo de uma vez.
Em vez de tentar revisar o ano inteiro em uma tacada, experimente:

- 2 ou 3 sessões de 10–25 minutos,
- em dias próximos, ainda em dezembro/início de janeiro.

Na primeira sessão, você lista o que lembrar.
Na segunda, completa o que a cabeça resgatar.
Na terceira, refina.

Você vai perceber uma coisa curiosa:
Quando você para e abre esse espaço, 2025 começa a “te devolver” lembranças que estavam escondidas ali no fundo da gaveta mental.

E tudo bem se, no início, vierem mais itens negativos que positivos.
Isso não significa que seu ano foi um desastre.
Significa só que seu cérebro é bom em lembrar do que doeu — e, daqui a pouco, vamos usar isso a seu favor.

Por enquanto, seu único trabalho é esse:
colocar o ano no papel, em duas colunas.
O julgamento e o plano vêm depois.

5.  Protocoloda Consistência - “90 minutos de retrovisor para um 2026 menos improvisado”

A essa altura, você já entendeu a ideia da PYR e já sabe como montar as colunas de positivo/negativo.
Agora vem a pergunta prática:

“Tá, Jeferson… quando eu vou fazer isso na vida real?”

Entra em cena o Protocolo da Consistência.
A ideia é simples: em vez de depender de motivação, você cria um ritual curto, claro e repetível.

🕒 Passo 1 – Agende 45 minutos com você mesmo

Nada de “quando der eu faço”.
Escolha dia, horário e lugar ainda em dezembro:

- Pode ser um sábado de manhã,
- uma noite mais calma durante a semana,
- ou aquele fim de tarde entre Natal e Ano Novo em que o mundo desacelera.

Escreva esse compromisso na agenda como se fosse uma reunião importante:

“Reunião: Revisão 2025 → 2026 (PYR)”

Porque é.

✍️ Passo 2 – Monte o seu kit de revisão

Antes do horário chegar, deixe tudo pronto:

- Caderno ou journal
- Caneta que não falha no meio da frase
- Agenda / Google Calendar
- Água, café ou chá
- Celular no modo avião (ou em outro cômodo)

Quanto menos você tiver que decidir na hora, mais fácil será começar.

📄 Passo 3 – Rodada 1: despejo rápido de memória (15 minutos)

Continuação do bloco anterior... Na hora marcada:

1. Divida a folha em POSITIVO (+) e NEGATIVO (–).
2. Abra sua agenda/fotos e vá passando por 2025.
3. Sem pensar demais, vá listando:

- eventos,
- pessoas,
- fases,
- decisões.

Regra de ouro: não editar enquanto escreve.
Nesse momento, você está só “baixando o backup” do ano.

Se travar, use perguntas simples:

- “O que me fez bem?”
- “O que me drenou?”
- “Onde eu me senti mais vivo?”
- “Onde eu me senti esgotado?”

🔁 Passo 4 – Rodada 2: completar e ajustar (15 minutos)

No dia seguinte (ou algumas horas depois), volte à mesma página:

- Releia tudo com calma.
- Acrescente o que vier à mente.
- Agrupe itens parecidos (ex.: “reuniões sem pauta”, “promessas que fiz por culpa”, “momentos com família”).

Aqui você já começa a perceber padrões, não só fatos isolados.

🎯 Passo 5 – Destacar o essencial (15 minutos)

Ainda com a mesma folha:

1. Circule de 3 a 5 itens positivos que você quer levar com força para 2026.
2. Circule de 3 a 5 itens negativos que você não quer repetir de jeito nenhum.

Você não precisa abraçar o mundo.
Consistência nasce de foco, não de lista infinita.

Esses itens circulados serão a base do próximo passo da newsletter:
transformar tudo isso em ação com o método PIC (Parar, Iniciar, Continuar).

✅ Resumo do Protocolo da Consistência

Em versão checklist:

[ ] Definir dias e horário ainda em dezembro (início de janeiro)
[ ] Preparar o kit de revisão (caderno, agenda, fotos, bebida, silêncio)
[ ] Fazer a Rodada 1 – despejo rápido (15 min)
[ ] Fazer a Rodada 2 – completar e agrupar (15 min)
[ ] Destacar 3–5 positivos e 3–5 negativos (15 min)

Se você fizer só isso, sem perfeição, já estará anos-luz à frente do “agora vai” feito no improviso.

Consistência não é começar 2026 com tudo resolvido.
É ter a coragem de olhar 2025 com honestidade e dar o próximo passo com um pouco menos de ilusão e um pouco mais de consciência.

6. Ideia Central 3/5 - As 4 perguntas que transformam lista em aprendizado

Até aqui, você colocou 2025 no papel:
colunas de positivo e negativo, alguns padrões começando a aparecer, talvez até uns “ufa, não quero repetir isso em 2026”.

Agora vem a parte em que a coisa ganha profundidade de verdade.

Porque uma lista, sozinha, não muda a vida de ninguém.
O que muda é o jeito como você conversa com essa lista.

É aqui que entram as 4 perguntas do Hal Elrod – uma espécie de “check-up emocional” do seu ano:

1. Quais foram as minhas vitórias neste último ano?
2. Quais lições eu aprendi ao longo do ano?
3. Quais são as áreas que precisam de melhoria?
4. Pelo que eu sinto profunda gratidão neste ano?

Parece simples, e é.
Mas se você responder com sinceridade, papel e caneta na mão, essas perguntas fazem algo poderoso:
elas pegam o caos de 2025 e transformam em sentido.

🔹 Vitórias
Aqui você olha para sua coluna do positivo e pergunta:
“O que aqui foi realmente uma vitória pra mim?”

Pode ser algo grande (fechar ou iniciar um projeto, mudar de emprego) ou ridiculamente pequeno aos olhos dos outros (voltar a caminhar três vezes por semana, dizer “não” a uma coisa que sempre dizia “sim”).
Não subestime as pequenas vitórias: elas são o esqueleto da sua consistência.

🔹 Lições
Agora você olha tanto para o positivo quanto para o negativo e pergunta:
“O que isso me ensinou?”

Às vezes, a lição vem embalada em elogio.
Às vezes, em tombo.
Uma amizade que esfriou, um projeto que não andou, uma discussão que te fez rever prioridades…
Nem todo negativo é vilão; alguns são professores com cara de problema.

🔹 Áreas de melhoria
Aqui não é hora de se destruir.
É hora de ser adulto.

Você olha para os padrões:
– onde você se sabotou,
– onde exagerou,
– onde se omitiu.

E, em vez de pensar “sou um desastre”, você pensa:
“Essa é uma área que merece minha atenção em 2026.”

🔹 Gratidão
Por fim, você fecha com a pergunta que muda o tom da história:
“Pelo que eu posso sentir profunda gratidão em 2025?”

Mesmo em anos difíceis, sempre existe algo – alguém, um gesto, um respiro, uma oportunidade, um aprendizado – que impediu o ano de ser apenas dor.
Listar isso não é positividade tóxica.
É reconhecer que a vida não é só cicatriz, também é cuidado.

O ponto-chave aqui é o equilíbrio:
nem indulgência (“ah, eu sou assim mesmo”),
nem crueldade (“não acerto nada”).

É maturidade:
“Eu acertei aqui, errei ali, aprendi isso e sou grato por aquilo.”

No próximo bloco, a gente vai pegar tudo isso e fazer a pergunta que coloca 2026 em movimento:

“Diante do que 2025 me mostrou, o que eu vou Parar, Iniciar e Continuar?”

7. Frase  da Semana + Reflexão + Provérbio

“O futuro é feito de passado bem digerido.”

A gente costuma tratar o ano que passou como algo a ser esquecido:
“Deixa pra lá, vida que segue, foco no próximo.”

Só que a vida não funciona assim.
Se você não digere o que viveu, repete.
Se não revisa o caminho, erra a curva no mesmo lugar.
Se não olha com calma para 2025, entra em 2026 com o mesmo piloto automático — só com calendário novo.

Revisar o ano não é viver preso ao que passou.
É exatamente o contrário: é organizar a bagagem para conseguir caminhar mais leve.

Quando você senta com papel e caneta e pergunta:
“Onde eu acertei? Onde eu errei? O que eu aprendi? Pelo que eu sou grato?”
você está, na prática, fazendo algo profundamente espiritual:
dando sentido à própria história, em vez de só sobreviver a ela.

Não é sobre perfeição.
É sobre responsabilidade mansa:
“Deus me deu um ano inteiro. O que eu fiz com isso? E o que posso fazer melhor com o próximo?”

“Examine cuidadosamente a vereda por onde andas, e todos os teus caminhos serão seguros.” Provérbios 4:26

Revisar 2025 com honestidade é exatamente isso:
examinar a vereda antes de seguir viagem.

Não para se condenar, mas para caminhar mais seguro, mais intencional e, quem sabe, um pouco mais em paz em 2026.

8. Ideia  Central  4/5 - PIC + VRM: transformando insight em decisão concreta para 2026

Até agora, você já fez três movimentos importantes:

- colocou 2025 no papel (positivo x negativo),
- fez perguntas melhores pro seu ano (vitórias, lições, melhorias, gratidão),
- começou a enxergar padrões.

Agora vem o ponto de virada:

O que você vai fazer com tudo isso em 2026?

É aqui que entra o método PIC – uma espécie de tradutor de reflexão em ação:

P – Parar
I – Iniciar
C – Continuar

Parece simples? Porque é.
Mas simples não é a mesma coisa que superficial.

Vamos por partes.

1. P de Parar – o que não entra no avião em 2026

Olhe para sua lista de negativos, suas áreas de melhoria, suas lições.
Pergunte:

“O que eu não quero carregar em 2026 de jeito nenhum?”

Pode ser um tipo de compromisso (“aceitar reuniões sem agenda”),
um padrão (“dizer sim quando queria dizer não”),
um hábito (“rolar feed...”),
ou até uma dinâmica de relacionamento.

Parar dói porque mexe com costume, com identidade, com zona de conforto.
Mas é aqui que você abre espaço. Sem “P”, não tem lugar pro “I”.

Escolha poucas coisas para parar, mas escolha com coragem.

2. I de Iniciar – o que precisa nascer em 2026

Agora, olhando para suas vitórias, lições e gratidão, pergunte:

“O que ainda não existe na minha rotina, mas faria uma diferença enorme se existisse?”

Talvez seja:

- iniciar uma rotina mínima de movimento,
- iniciar uma conversa difícil,
- iniciar um plano para sair de um trabalho que já não faz sentido,
- iniciar um hábito de revisar a semana em 10 minutos.

Aqui vale lembrar: iniciar não é “abraçar o mundo”.
É começar pequeno, mas começar de verdade.

3. C de Continuar – o que já é bom e merece mais espaço

Por fim, olhe para o lado positivo e para a gratidão e pergunte:

“O que eu fiz em 2025 que eu quero repetir – e talvez até aumentar – em 2026?”

Pode ser:

- continuar com minha vida espiritual firme (ou a terapia),
- continuar os almoços em família,
- continuar dizendo “não” para o que é claramente excesso,
- continuar estudando um tema que está abrindo portas.

Muita gente só olha para o que falta melhorar e esquece de proteger o que já está funcionando.
O “C” é seu antivírus contra o auto-boicote.

4. Aplicando o PIC no VRM

Pra não ficar abstrato, passe o PIC pelo filtro VRM:

Você: o que vou Parar, Iniciar e Continuar em relação à minha saúde, mente, espiritualidade, aprendizado?
Relacionamentos: o que vou Parar, Iniciar e Continuar com quem eu amo, convivo e trabalho?
Mundo: o que vou Parar, Iniciar e Continuar em trabalho, finanças e propósito?

Você não precisa preencher uma cartela de bingo.
Se sair com 1 P, 1 I e 1 C em cada dimensão, já tem um mapa muito mais honesto do que a clássica lista “em 2026 eu vou ser outra pessoa”.

No próximo bloco, vamos fechar o ciclo falando justamente sobre isso:
como colocar os relacionamentos no centro desse processo e criar um compromisso leve, mas poderoso, com o seu 2026.

9. Suplemento da Super Imunidade - Ritual de Virada de ano: Vermífugo + Probiótico para “zerar o sistema”

Já que estamos falando de revisar a vida, vou abrir um parêntese rápido sobre um outro tipo de revisão que eu, pessoalmente, também faço todo ano:
a revisão do “motor” biológico. 😅

Enquanto muita gente pensa apenas em champanhe, lentilha e uva-passa na virada, eu tenho um ritual bem menos glamouroso – mas, pra mim, muito simbólico:

1️⃣ Vermífugo no início do ano
2️⃣ Probiótico em seguida, para repovoar o “ecossistema interno

Claro: aqui não é consultório médico, e isso não é uma prescrição.
É um ritual pessoal, que eu encaro como metáfora e cuidado ao mesmo tempo:

Vermífugo → “limpeza de interferências”
Probiótico → “reconstrução de um terreno mais saudável”

Do ponto de vista prático, a lógica é simples:

1. Primeiro, eu “reseto”
Uma vez por ano, conforme orientação médica prévia, faço uso de um vermífugo.
Pra mim, isso virou um símbolo:

“Deixar pra trás o que não deveria estar dentro de mim — literal e metaforicamente.”

É quase como olhar para o lado negativo da PYR: identificar o que está atrapalhando, mesmo que silenciosamente, e decidir tirar do caminho.

2. Depois, eu “replanto”
Nas semanas seguintes, entram em cena os probióticos (sempre alinhados com recomendação profissional).
A ideia é favorecer um ambiente intestinal mais equilibrado, que impacta digestão, imunidade e até humor.

Na metáfora da newsletter:

Não basta tirar o que faz mal. É preciso nutrir o que ajuda você a funcionar melhor.

💡 Nota importante (de verdade):
Qualquer coisa envolvendo medicamento, vermífugo, probiótico, dose, frequência precisa ser conversada com um médico ou profissional de saúde.
O que funciona como ritual pessoal para mim pode não ser adequado para outra pessoa, com outra história clínica, outros remédios, outras condições.

Então, se a ideia fizer sentido pra você:

- leve como inspiração,
- converse com seu médico,
- e, se for o caso, crie o seu ritual de cuidado físico na virada.

Porque revisar o ano é incrível.
Mas revisar também o corpo que vai carregar seus planos em 2026 é uma forma bem concreta de praticar a tal da “vida nos trilhos”.

10. Ideia Central 5/5 - Relacionamentos, VRM e o compromisso leve que muda seu 2026

Se você chegou até aqui, já fez muita coisa que a maioria não faz:

- Revisou 2025 com intenção,
- separou positivo e negativo,
- fez perguntas melhores,
- transformou tudo em decisões de Parar, Iniciar e Continuar.

Agora falta o elemento que, silenciosamente, define se 2026 vai ser só “mais um ano” ou um ano diferente de verdade:

Quem vai caminhar com você?

A gente fala de meta, hábito, produtividade, rotina…
Mas quando alguém perguntou, com sinceridade:
“E seus relacionamentos nisso tudo?”

Lembra do VRM?

- Você
- Relacionamentos
- Mundo (trabalho, finanças, propósito)

Até agora, você trabalhou muito o “Você” e bastante o “Mundo”.
Agora é hora de fechar o ciclo olhando com carinho pro “R”.

1. Relacionamentos não são detalhe, são infraestrutura

Quando você pensar no que vai Parar, Iniciar e Continuar em 2026, experimente fazer essas três perguntas:

- Quem eu quero ter mais por perto no ano que vem?
- Com quem eu preciso conversar de verdade, em vez de só ir empurrando?
- Que relacionamentos eu tenho tratado como “automáticos”, quando na verdade exigem cuidado?

Talvez isso signifique:

- Parar de aceitar convites que você sabe que só drenam;
- Iniciar um ritual simples (almoço semanal, ligação mensal, mensagem sincera);
- Continuar protegendo os encontros que realmente te fazem bem.

No fim do dia, não é o número de tarefas concluídas que deixa o ano mais leve.
São as pessoas com quem você compartilha o caminho.

2. Accountability sem terrorismo

Tem uma ideia que pode assustar à primeira vista, mas, feita do jeito certo, ajuda muito:
o tal do accountability partner.

Na prática, é alguém com quem você compartilha 1 ou 2 metas importantes, não apenas para virar fiscal da sua vida, mas para:

- te lembrar do que você prometeu pra si mesmo,
- oferecer apoio nos dias em que a vontade falta,
- celebrar as pequenas vitórias junto.

Não precisa ser nada dramático.
Não é “assinar contrato de sangue de alta performance”.
É algo simples como:

“Olha, em 2026 eu quero parar isso, iniciar aquilo e continuar aquilo outro.
Posso compartilhar contigo de vez em quando como está indo? E, se eu sumir, você puxa de volta?”

Isso pode ser um amigo, um cônjuge, um colega de trabalho, alguém da comunidade ou grupo de que você participa.
O importante é que seja alguém que torce por você, não um juiz interno terceirizado.

3. VRM na prática: um compromisso leve com 2026

Se quiser fechar esse ciclo de forma concreta, aqui vai um mini-ritual:

1. Pegue sua folha de PIC (Parar, Iniciar, Continuar).

2. Escolha apenas 1 P, 1 I e 1 C em cada dimensão do VRM:

Você:

P: “Parar de dormir tão tarde sem motivo.”
I: “Iniciar 25 minutos diários de movimento.”
C: “Continuar com meu momento semanal de journaling.”

Relacionamentos:

P: “Parar de responder tudo no piloto automático.”
I: “Iniciar um café mensal com alguém que é importante pra mim.”
C: “Continuar protegendo os jantares em família.”

Mundo (trabalho, finanças, propósito):

P: “Parar de dizer ‘sim’ a todo projeto que aparece.”
I: “Iniciar um plano de estudo/ação focado em X.”
C: “Continuar poupando/investindo com regularidade.”

3. Compartilhe esse mini-mapa com uma pessoa de confiança.

4. Guarde uma cópia em algum lugar que você veja todo mês (caderno, app, agenda).

Pronto.
Você não está entrando em 2026 com um PDF de 40 metas inalcançáveis.
Você está entrando com meia dúzia de decisões honestas, alinhadas com quem você é, com quem você quer ao seu lado e com o mundo em que você atua.

No fundo, é disso que se trata esta edição:

- Olhar 2025 pelo retrovisor com coragem,
- ajustar a rota com o PIC,
- lembrar que sem gente por perto nada se sustenta por muito tempo,
- e dar ao seu 2026 uma chance real de ser diferente — não porque o calendário virou, mas porque você virou um pouco também.

11.  CTA - Eu melhor que ontem  / Fechamento

Se você leu até aqui, já fez algo que muita gente evita:
encarou o ano de frente, em vez de só empurrar pra baixo do tapete e esperar que “em 2026 tudo mude”.

Agora é a hora de transformar leitura em movimento.

1️⃣ Ação prática – seu mini-compromisso com 2026

Aqui vai o convite:

- Separe 90 minutos para fazer sua PYR de 2025.
Use o que vimos aqui:

- Coluna do positivo/negativo,
- as 4 perguntas** (vitórias, lições, melhorias, gratidão),
- e o PIC + VRM para fechar em decisões concretas.

Não precisa ser perfeito.
Precisa ser feito.

Se sair desse ritual com:

- 1 coisa pra Parar,
- 1 pra Iniciar,
- 1 pra Continuar,

em cada dimensão (Você, Relacionamentos, Mundo)…
você já estará vivendo muito mais intencionalmente do que o “eu” que entrava no ano só com promessas soltas.

2️⃣ Ação de conexão – vamos caminhar juntos?

Eu adoro quando essa newsletter vira conversa, não monólogo.

Se você topar, me conta (nem que seja em uma linha):

Qual é o seu P, o seu I e o seu C mais importantes para 2026?

Pode responder um e-mail diretamente.
Se quiser levar isso pro público, você também pode:

- postar no LinkedIn/Instagram...
- me marcar,
- e usar isso como seu compromisso leve com o “eu” do futuro.

No fim das contas, “Eu Melhor Que Ontem” não é um slogan bonito.
É um processo:
revisar, aprender, ajustar a rota e dar mais um passo — pequeno, mas intencional.

Que 2026 não seja “o ano em que tudo muda como num passe de mágica”.
Que seja o ano em que você escolhe, com calma e coragem, mudar o que está nas suas mãos…
um hábito, um relacionamento, uma decisão por vez.

Amanhã, você não precisa ser outra pessoa.
Só precisa ser um pouquinho melhor que ontem.

Nos vemos na próxima.

Sem pressa.
Sem peso.
Com intenção.

Abraço,

Jeferson Peres.

Jeferson Peres

Pare de Sobreviver: 
Viva Sua Melhor Vida! Você merece

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