

Temos uma tendência natural em achar que o stress é apenas uma “sensação de frustração” que temos quando o mundo parece conspirar contra nós, e principalmente quando as coisas não funcionam da forma que gostaríamos.
Porém, de uma forma bem simples podemos dizer que o stress se manifesta em nossa mente e corpo de diversas formas, sendo uma delas através da liberação de cortisol, o que nos faz engordar, uma vez que a ansiedade nos faz comer mais e ficamos mais inchados, dormimos menos e mal.
Quando sentimos: angustia, pânico, ansiedade exagerada, etc, já pensamos no famigerado stress. Esses e outros inúmeros motivos nos fazem achar que o stress é sempre uma coisa ruim.
O stress é uma resposta do organismo a determinados estímulos que podem ou representam circunstâncias súbitas ou ameaçadoras. O nosso corpo está preparados para sentir o stress e reagir.
Inicialmente na comunidade científica o stress foi considerado apenas como prejudicial a nossa saúde. Em um estágio crônico, ele pode diminuir a densidade óssea, suprimir a atividade da tireoide, afetar o funcionamento do cérebro, enfraquecer a imunidade e causar desequilíbrio no nível de glicose e no coração, além de também aumentar a pressão sanguínea.
Segundo a Associação Americana de Psicologia, o stress está relacionado às seis maiores causas de morte nos Estados Unidos, são elas: doenças cardíacas, câncer, doenças pulmonares, acidentes, cirrose e suicídio.
Mas e se o stress pudesse também ser uma coisa boa? Será que conseguimos?
Estudos mais recentes indicam que existem dois tipos de stress: o “ruim” (distress), que tem efeito depressivo e paralisador, e o “bom” (eustress), que pode ser energizante e motivador.
Sim, acredite! O stress pode ser algo bom. Precisamos apenas entender como ele se manifesta e identificar as ações e comportamentos que estão gerando estas manifestações e emoções ruins. Sendo assim, seremos capazes de examinar estas ações, emoções e atitudes, e ajustá-las, tornando o stress extremamente positivo.
O desafio é estarmos sempre em alerta e fazermos uma leitura dos sinais do stress de forma consciente, para que possamos refletir e mudarmos/ajustarmos nossos comportamentos, emoções e atitudes.
Pode ser que você esteja dizendo sim para coisas que na verdade deveria estar dizendo não, ou vice-versa.
O endocrinologista húngaro Hans Selye (1907-1982) disse:
“Não é o stress que nos mata, e sim a forma como reagimos a ele”.
Lembre que se o “sim” for uma rotina e não soubermos dizer não em algumas situações, chegaremos ao final de cada dia ainda mais frustrado, pois não conseguiremos dar conta de tudo que prometemos fazer.
O contrário também é ruim, pois se dissermos não para inúmeras oportunidades que aparecem em nossas vidas, talvez nos sentiremos vazios e estaremos com aquela desagradável sensação de que está faltando alguma coisa para completar nossa vida. Logo, a importância de termos uma vida equilibrada em todos os seus aspectos e dimensões, sem exageros e radicalismos.
Na medida do possível, e sabendo dos desafios do nosso dia a dia, devemos procurar o equilíbrio – mesmo com o dinamismo da vida moderna – e sabendo das dificuldades em alcançar uma vida equilibrada.
A ciência comprova!
O Neurocientista Cognitivo Ian Robertson, que trabalhou anos como psicólogo, decidiu investigar se controlando as emoções e pensamentos, qualquer um poderia transformar o stress em um grande aliado.
E a resposta foi: SIM! O stress pode ser um aliado muito valioso.
O estudo do cérebro sugeriu que o controle das emoções e pensamentos, transforma o stress em um companheiro bem vindo. Segundo o cientista ficou claro que é perfeitamente possível controlar nosso cérebro e aprender também a controlar nossas emoções (conscientemente) de forma a tornar o stress em algo positivo em nosso dia a dia.
Enfim, é mandatório que fiquemos atentos aos alertas e sinais do stress. Lembre-se sempre de respeitar seu corpo e também o seu ritmo de vida. No Brasil, segundo a Associação Internacional de Gestão do Stress 72% das pessoas ativas no mercado de trabalho brasileiro em 2015 sofreram sequelas desse mal.
Resumo: Lembremos que como o stress é uma resposta do organismo, toda vez que observamos os sinais do stress através de estímulos como: raiva, mal estar, irritação e situações ameaçadoras, será hora de estarmos em alerta quanto as nossas emoções e reagirmos positivamente ao stress, através de atitudes contrárias aos nossos desejos iniciais, que possivelmente serão atitudes como: fúria, agressão verbal, etc. Temos que reagir adequadamente aos sinais do stress controlando nossas emoções e atitudes.
Todo tema exige uma reflexão e/ou prática. Segue uma proposta para a semana:
- Pense em situações que tem deixado você “estressado”.
- Pensemos agora em quais são os possíveis alertas que esse stress tem produzido em nosso corpo e mente.
- Será que esses alertas estão nos falando alguma coisa sobre as decisões e caminhos que você tem tomado? Avaliemos muito atentamente se seria estas escolhas a fonte de stress?
- Se a resposta for sim, a sua tarefa então é mudá-las. Este seria um excelente momento para começar!
Se você gostou do post, me ajude a divulgar este trabalho.
Compartilhe!
Curta!
Abraço,
Vida que segue!


Ótimas colocações. Também entendo que o equilíbrio e a chave para tudo nessa vida.
Outro ponto que julgo importante é o quanto nossas relações são saudáveis, para poder nos deixar equilibrados, cabeça, corpo e mente.
No link abaixo tem um trecho de uma palestra de Robert Wladinger, vale a pena assistir.
https://www.ted.com/talks/robert_waldinger_what_makes_a_good_life_lessons_from_the_longest_study_on_happiness?utm_source=facebook.com&utm_medium=social&utm_campaign=tedspread
Parabéns Jeferson e até a próxima.
Obrigado Ricardo. Continue acompanhando!!